A Prada surpreendeu o mundo da moda ao anunciar, nesta quinta-feira (10), a compra da icônica grife Versace. O negócio movimentou 1,4 bilhão de dólares e marca uma das transações mais relevantes do setor em 2025.
Com a aquisição, a Prada deixa claro seu desejo de expandir sua influência global e consolidar um conglomerado de luxo com raízes italianas. A decisão rompe com anos de liderança quase incontestável de grupos franceses e americanos.
Uma nova configuração no luxo global
A compra traz mais que cifras. Ela simboliza uma tentativa concreta de devolver à Itália o protagonismo na indústria que ela mesma ajudou a construir. Apesar de produzir mais da metade dos bens de luxo pessoais do mundo, o país ainda não possuía um grupo forte o suficiente para competir com gigantes como LVMH e Kering.
Agora, com a Versace em mãos, a Prada dá um passo ousado para ocupar esse espaço.
Versace muda de casa após anos turbulentos
A Versace, conhecida por seu estilo exuberante e suas estampas marcantes, pertencia até então ao grupo americano Capri Holdings, que também controla Michael Kors e Jimmy Choo. Curiosamente, a Capri havia pago mais pela grife em 2018 do que recebeu agora com a venda.
Isso acontece em um momento em que o mercado de luxo passa por transformações. O público de alto poder aquisitivo tem preferido visuais mais sóbrios, o que enfraceu o apelo da estética ousada da Versace. Mesmo assim, seu nome continua sendo sinônimo de identidade forte e presença internacional.