Após “Ainda Estou Aqui” temos um novo supercandidato ao Oscar?

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Andrucha Waddington – Foto: João Cotta

Por Duda Leite 

Sem cortes, quase em plano-sequência, Andrucha Waddington segue firme em sua maratona cinematográfica. Após dois meses como coadjuvante de Fernanda Torres, entre Globo de Ouro, festivais mundo afora e um Oscar adentro, o diretor volta à cena com mais um sucesso de bilheteria – só em março, mês de estreia, mais de 500 mil espectadores foram aos cinemas. “Vitória”, seu 17º longa, é baseado no livro “Dona Vitória da Paz”, do jornalista Fábio Gusmão, e narra a história de uma massoterapeuta aposentada que desmontou uma quadrilha de traficantes e policiais a partir de imagens gravadas da janela de seu apartamento, em Copacabana. “É uma referência que está na alma de qualquer cineasta. Sem dúvida, é a versão carioca de Janela Indiscreta”, diz o carioca, sócio da Conspiração Filmes ao lado do cunhado Cláudio Torres.

Os bastidores de “Vitória” contaram com duas enormes perdas antes de chegarem às salas de cinema. Em 2022, Breno Silveira, então realizador do projeto, teve um infarto fulminante durante as filmagens no interior de Pernambuco. Foi a pedido de Paula Fiuza, viúva de Breno e roteirista do filme, que Andrucha assumiu a direção. “O Breno ficou maravilhado com a história, assim como eu. Logo que eu adquiri os direitos da obra, ele pediu para dirigi-la e assim foi. Pegar este trabalho de volta foi uma missão, pois Breno era mais que um sócio, era parceiro e irmão.”

No ano seguinte, morreu Dona Vitória, aos 97 anos, depois de viver por quase duas décadas em um anonimato forçado por questões de segurança – foi só então que sua identidade verdadeira veio à tona: Joana Zeferino da Paz. “Forjada em coragem, Joana da Paz (como é bom escrever sem medo…) se irritava por ser obrigada a viver escondida. Queria o merecido crédito de quem abdicou de uma vida construída com muito esforço, enfrentando a violência desde criança”, escreveu Fábio Gusmão no artigo de despedida de sua heroína improvável. “Na fase de pré-produção, Breno e Paula foram até Salvador, onde Joana vivia no programa de proteção de testemunhas, e apresentaram o projeto a ela, garantindo que seu nome e seu paradeiro seguiriam protegidos”, lembra Andrucha.

Fernanda Montenegro e Alan Rocha – Foto: Divulgação

Como a personagem real era preta, a decisão de escalar Fernanda Montenegro para o papel gerou discussões sobre as representações no cinema. O filme começou a ser produzido antes da morte de Joana e a escolha de uma atriz branca foi feita para resguardar a segurança dela. O nome de batismo também foi alterado no longa, de Joana para Nina, e sua origem, de alagoana para mineira. “Ela tinha pânico de que qualquer pessoa soubesse onde estava ou como era. Quando faleceu, as gravações haviam sido encerradas há dois meses, mas ela adorou a ideia de ver a Dona Fernanda no papel de Nina”, conta Andrucha, que escalou a cantora e ativista Linn da Quebrada para contracenar com a atriz. “Elas tiveram uma relação bonita no set, de companheiras de trabalho mesmo. A Linn vive uma personagem que é excluída do prédio, é expulsa por não aguentar de medo e tem um twist muito lindo no final. Como a Fernanda sabia da história, foi construindo essa relação durante o longa para, lá na frente, ter aquela surpresa. A Linn realmente foi brilhante.” Para garantir maior diversidade no elenco, o personagem de Gusmão foi interpretado por Alan Rocha, um ator preto.

A busca por inovação fica evidente na sua filmografia, desde a estreia com “Gêmeas” (adaptação da obra de Nelson Rodrigues – estrelada por Fernanda Torres, com quem está casado desde 1997, e participação de Fernandona). A produção está em processo de restauro e deve ser relançado em breve. “Tenho muita agonia em me repetir. Não quero fazer uma cópia de mim mesmo. Gosto de ir para o trapézio sem rede de proteção.”

Corte para o futuro: Andrucha já tem na lata outros dois projetos: o documentário “Baila, Vini”, uma coprodução entre a Conspiração e a Netflix sobre o jogador Vini Jr., filmado na Espanha, e a série Ângela Diniz – “O Mistério da Praia dos Ossos”, baseado no podcast “Praia dos Ossos” sobre o feminicídio ocorrido em Búzios, no verão de 1976, quando o playboy paulistano Doca Street matou a namorada à queima-roupa por ciúmes.

Após o fenômeno de “Ainda Estou Aqui”, é difícil não querer mais um supercandidato ao Oscar ou seja lá que prêmio for. “Nem penso nisso, prefiro começar um filme sem expectativa nenhuma para não viver em uma eterna frustração. O que mais quero é que muita gente vá ao cinema.” A contar pela ótima repercussão em seu mês de estreia, quando o público lotou as salas de norte a sul do Brasil, “Vitória” já é vencedora na categoria que mais importa.


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