Dia Internacional da Meditação: um convite ao equilíbrio e a transformação

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Foto: Pexels

A data é um convite para lembrar da importância de desacelerar, silenciar e reconectar-se com o corpo e a mente. Mais do que uma prática milenar ligada à espiritualidade, a meditação já é comprovadamente uma ferramenta poderosa de transformação pela ciência.

Estudos conduzidos pela Harvard Medical School, publicados na prestigiada revista Psychiatry Research: Neuroimaging, mostram que apenas oito semanas de meditação podem promover mudanças estruturais no cérebro: aumento da massa cinzenta em áreas relacionadas à memória, ao aprendizado e à regulação emocional, além de reduzir o volume da amígdala cerebral, região associada ao estresse e à ansiedade. A neuroplasticidade, hoje uma certeza científica, comprova o que os praticantes  vivenciam há séculos: é possível transformar a mente e o corpo, com constância, consciência e autocuidado.

Para falar sobre esses processos e outros detalhes, entrevistamos Vitória Velludo, professora e criadora do VV Yoga — uma metodologia exclusiva que alia prevenção de lesões, acolhimento e conexão com a essência.

Com mais de mil horas de formação, Vitória conduz aulas presenciais, online, mentórias, workshops e o “Retiro com Vitória Velludo”, que chega à sua 12ª edição. Sua trajetória é a prova viva de que a meditação e tantas outras práticas corporais integrativas — não são apenas exercícios físicos, mas caminhos de autoconhecimento e saúde mental. 

Nesta entrevista, ela fala sobre sua trajetória, os benefícios que observa na prática diária e como ferramentas como a meditação podem ser acessíveis a todos, principalmente nestes tempos em que o bem-estar se tornou uma prioridade.

Com mais de mil horas de formação, Vitória Velludo conduz aulas presenciais, online, mentórias, workshops – Foto: Divulgação

Harper’s Bazaar Brasil – Qual é, de fato, a importância da meditação para a saúde mental e física?

Vitória Velludo – Digo por experiência própria: a meditação é uma ferramenta poderosa de cura — não só física, mas também mental e emocional. Foi essa prática, acompanhada de profissionais da saúde, que me salvou de uma depressão profunda, num momento em que mais precisei de apoio e nada parecia “funcionar”. Eu estava quase desistindo. Desde então, me aprofundei cada vez mais nos estudos e na prática. Aprendi, vivenciando e também acompanhando minhas alunas, que meditar é treinar a mente a estar no presente — e isso tem impacto direto em todos os níveis do nosso ser. Do ponto de vista físico, a prática regular reduz o estresse, melhora o sono, regula a pressão arterial e fortalece o sistema imunológico. No aspecto mental, ela desenvolve foco, clareza, cognição e memória — além de cultivar uma inteligência emocional mais refinada. É uma forma de educar a mente: em vez de deixá-la correr atrás dos pensamentos, você assume as rédeas e a direciona com consciência. É uma disciplina sutil, mas poderosa — que transforma não só quem medita, mas tudo ao redor.

HBB – Para quem nunca meditou, por onde começar?

VV – Comece com meditações curtas. Cinco minutos já são um ótimo início.

Hoje temos acesso a muitas abordagens: práticas de visualização, mindfulness, afirmações positivas, meditações guiadas, contemplação… O importante é encontrar uma forma com a qual você se sinta à vontade. Uma dica: comece pela respiração. Ela está sempre com você. Sentar, fechar os olhos e apenas observar o ar entrando e saindo já é uma forma de meditar. Aos poucos, esse simples hábito pode se tornar um dos momentos mais importantes do seu dia.

HBB – Como incluir a meditação na rotina, especialmente para quem vive uma vida acelerada e acha que não tem tempo? Dá para meditar mesmo em meio ao caos?

VV – Com certeza. Tempo é uma questão de prioridade. Se você tem cinco minutos para rolar o feed do celular, também tem cinco minutos para cuidar da sua mente. A meditação não exige um cenário perfeito. O mundo lá fora nunca vai parar — por isso é tão urgente encontrar a paz dentro. A prática constante nos ensina a sair do automático, a interromper ciclos reativos e agir com mais consciência. E é aí que mora a verdadeira transformação: não em fugir do caos, mas em aprender a estar centrada mesmo quando tudo parece agitado. Aliás, quem leva uma vida mais corrida é justamente quem mais precisa meditar.

HBB – Muita gente acredita que meditar é “parar de pensar” e desiste por não conseguir “esvaziar a mente”. Isso é mito ou verdade?

VV: Por muito tempo eu busquei uma meditação que me levasse ao silêncio absoluto… algo que eu idealizava. Mas percebi que, nesse caminho, não encontraria a cura que precisava. Com os anos, entendi que essa é uma das maiores falácias sobre meditação — e que leva muita gente a acreditar que “não consegue meditar”. Meditar não é parar de pensar. É aprender a observar os pensamentos sem se perder neles. A meditação ensina a direcionar e educar a mente. Isso se reflete em toda a vida: você aprende a estar presente — com a família, no trabalho, com você mesma — e a identificar quando um pensamento está te sabotando. Os pensamentos vêm, mas você aprende a não reagir automaticamente a eles. Com prática, você se torna mais consciente, mais centrada. E esse domínio sobre a mente é o que traz liberdade real. Para mim, meditação é isso: me-edita-ação. Você escolhe agir, em vez de reagir.

HBB – A meditação pode ser adaptada para diferentes perfis? Por exemplo: pessoas ansiosas, crianças, idosos, quem tem dificuldade de concentração?

VV – Com toda certeza. Existem caminhos para todos os perfis — e isso é o mais lindo! Para pessoas ansiosas, por exemplo, práticas de visualização ou meditações guiadas costumam ajudar muito. Com crianças, podemos começar com jogos de atenção, práticas ativas, movimentos, brincadeiras… até que, naturalmente, elas entrem em estados de maior quietude. Idosos podem meditar sentados ou deitados, em práticas que respeitam seus ritmos. E quem tem dificuldade de concentração se beneficia bastante do mindfulness: pequenas pausas no dia para estar presente ao escovar os dentes, tomar um chá ou sentir os pés no chão. A meditação se adapta ao corpo, à idade, à fase da vida. Quanto mais personalizada à realidade de cada um, mais potente ela se torna.

“Digo por experiência própria: a meditação é uma ferramenta poderosa de cura”, diz Vitória Velludo – Foto: Divulgação

HBB – Quais são os efeitos mais perceptíveis da prática constante de meditação? E em quanto tempo eles costumam aparecer? Dá para sentir diferença mesmo meditando por poucos minutos por dia?

VV – Cinco minutos de meditação por dia já mudam muita coisa. O segredo está na constância. É possível sentir os efeitos já na primeira prática — desde que você se entregue. Se estiver desconfortável, desconectada ou achando que “não era para estar ali”, talvez sinta que a meditação é estressante (risos). Mas esse estresse vem de dentro, da resistência. Se você pratica com presença, mesmo que surjam pensamentos ou incômodos, você começa a acessar algo muito maior: a consciência. Você aprende a agir em vez de reagir, a escolher em vez de se deixar levar pelos impulsos, você começa a sair do automático — e isso transforma tudo: seus relacionamentos, suas escolhas, seu estado interior. A meditação nos convida a acessar o estado de observação. Esse “observador” não é místico nem inalcançável — ele sempre esteve ali. Meditar é deixar de repetir padrões inconscientes para manifestar uma nova versão de si mesma. Como costumo dizer: me-edita-ação.

HBB – Com tantos aplicativos, vídeos e técnicas disponíveis, como escolher uma abordagem confiável?

VV – Busque fontes com profundidade, coerência e alinhamento com o que você sente. Aplicativos como o Insight Timer são ótimos para começar, com opções em português e diversas práticas. No VV Yoga, minha plataforma de aulas com acompanhamento, meditamos em grupo, ao vivo — o que cria um espaço de presença coletiva que ajuda muito a manter a disciplina. Também recomendo o portal da May — uma referência que admiro. E o mais importante: confie na sua intuição. Se uma abordagem te faz bem e te ajuda a voltar para o seu centro, ela é um bom caminho.

 

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