Dulce Maria usa camisa Animale, calça Diane Von Furstenberg para FrouFrou Vintage e tênis Moleca – Foto: Guilherme Nabhan, com direção criativa de Viddo Art (Klebber Toledo e Vinicius Vidal), styling por Bruno Uchôa, beleza por Liege Wisniewski (Groupart Mgt), direção de arte de Ana Garcia, coordenação de arte J.Alejandro Lozano, retoque Angelica Marinacci, direção de Produção Vinicius Vidal e Klebber Toledo, produção executiva Anderson Meyer e Barbara Korenwaser, produtora 13th Productions, assistente de styling Carlos Morales, produção de moda (Brasil) Barbara Korenwaser, produção de moda (México) Luzma Carrera, assistente de moda Jessica Rangel e Mane Garcia, assistente de foto Daniel Sulima, Guadalupe Ceniza e Yuria Careaga, assistente de cabelo Eduardo Panque, assistente de beleza Citlaly Cortés Alvear, assistente de arte Luisa Gallardo e Ari Baldi, assessoria de imprensa Ariel Quirino e management Alejandra Palomera
A voz de Dulce Maria é doce e melódica. Ela tem quase o porte de uma princesa da Disney, com a cordialidade e o star quality dignos de alguém que, aos 18 anos, atingiu fama mundial – transformou-se em uma das maiores “ídolas” teen dos anos 2000 no papel de Roberta, na novela mexicana “Rebelde”. Formada pelos protagonistas da novela, a banda RBD foi um sucesso estrondoso no Brasil – o disco de estreia foi regravado em português e mais de meia dúzia de turnês encheram estádios com fãs brasileiros apaixonados, a última delas em 2023.
Na carreira solo, Dulce também não desapontou. Com quatro discos, a cantora e atriz mexicana acaba de lançar parceria póstuma com Marília Mendonça, chamada “Sem Direito Ao Amor”. “Saber que faço parte do legado dela na música é algo muito especial,” conta. “É uma honra que ela tenha acreditado em mim como artista e como compositora, por ter cantado uma música escrita por mim, por ter dado voz a uma história minha.” A experiência, segundo Dulce, a inspira a continuar fazendo música – seguir escrevendo, cantando e se expressando. “No fim das contas, se essa canção se conectou com ela, sei que pode tocar muitas outras pessoas também. E isso me emociona, me fortalece e me deixa muito honrada por ter cantado ao lado dela.”
É em suas composições que Dulce se sente mais representada: “É quem eu sou de verdade — sem uma personagem, sem novela, sem um fenômeno como o RBD, que é insubstituível e maravilhoso, claro, mas é na minha música que sou completamente eu, me conectando com corações que se identificam com a minha verdade artística.” E Dulce não tem dificuldade alguma de se conectar com os seus milhares de fãs brasileiros. Desde a primeira vez no Brasil, sentiu algo mágico: “O que mais me marcou foi essa paixão tão forte do público,” disse. “Lembro que foi a primeira vez que vi pessoas que não falavam o meu idioma cantando minhas músicas, se emocionando…”
Com um sorriso no rosto, a cantora, que se uniu à Moleca para apresentar uma coleção exclusiva de calçados apresentada no shooting de capa com BAZAAR, revela o momento em que entendeu a intensidade e o carinho dos fãs brasileiros: “Eu estava em uma loja de discos, num shopping, e uma menina me reconheceu. Ela começou a tremer, a chorar, quase desmaiou — e eu fiquei sem entender, pensando: ‘Mas por quê? Como assim?’ Ali eu percebi que algo muito grande estava acontecendo.”
Quase vinte anos depois, esse carinho brasileiro está longe de diminuir. Os oito shows do RBD na turnê “Soy Rebelde Tour” venderam mais de 454 mil ingressos no Brasil, a passagem mais bem sucedida da banda na América Latina. Dulce vê esse momento em sua vida como um fechamento de um ciclo: “[A última turnê do RBD] foi algo que eu sentia que ainda estava pendente — não só com todos os fãs da banda, mas com muitos dos meus próprios fãs, toda uma geração que sempre esteve ao nosso lado.” Sobre as possíveis intrigas e rixas entre os membros da banda, Dulce prefere observar tudo de uma maneira mais otimista. “O reencontro com o público, o reencontro entre nós… foi emocionante. Poderia ter sido maior, mais longo ou ter acontecido de outras formas; mas, acredito que foi como tinha que ser”, conta. “Depois de 20 anos, encerrar esse capítulo com gratidão é o mais importante. Mesmo que algumas coisas não tenham acontecido como gostaríamos, o que realmente importa é tudo o que conseguimos viver. E isso é motivo de celebração.”
Focada no presente e no futuro, Dulce está animada para lançar a mais nova fase de sua carreira no dia 12 de junho, Dia dos Namorados no Brasil, com o lançamento da canção “Jaula de Oro”. “A música fala sobre a necessidade de escapar enquanto ainda há tempo, de buscar a sua felicidade e liberdade. Às vezes, é muito difícil encontrar coragem para sair de lugares ou situações que parecem bonitas, mas que estão te destruindo por dentro. Pode se referir a relacionamentos amorosos, profissionais ou até amizades — situações que parecem perfeitas por fora, mas onde você está preso e não consegue ser você mesmo.”