Entre a performance do bem-estar e a autenticidade do sentir

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No curso da vida, observo que a busca incessante por demonstrar bem-estar tem se tornado um imperativo social. O hábito de exibir sorrisos, assegurar que tudo segue em perfeita ordem ou sustentar aparências de força frequentemente ignora o que, de fato, se passa no interior de cada sujeito.

A reflexão que proponho parte de uma indagação fundamental: seria esse comportamento suficiente para sustentar aquilo que convencionamos chamar de saúde? A experiência clínica e existencial revela que o estado de equilíbrio emocional não se apresenta como linha reta, tampouco como constância.

A condição psíquica se manifesta em movimentos. Há dias em que o recolhimento se impõe; outros, em que a expressão da dor se faz necessária. Em determinadas circunstâncias, reconhecer a própria vulnerabilidade se transforma em ato legítimo de cuidado. Recusar essa possibilidade, ao contrário, conduz frequentemente ao adoecimento.

Ser saudável não significa abolir a tristeza, eliminar o medo ou suprimir inquietações. Trata-se, antes, de permitir que tais experiências encontrem espaço legítimo — sem que assumam o controle, mas também sem que sejam banidas do campo da consciência.

O discurso da positividade permanente, muitas vezes reiterado nas relações, nas mídias e nos ambientes profissionais, produz um efeito colateral silencioso: a patologização do sentir. Aquilo que não encontra voz, que não é legitimado no discurso, tende a se deslocar para o corpo, para a mente ou para as relações, sob a forma de sintomas.

No exercício da escuta clínica, constato que grande parte do sofrimento emerge não da experiência da dor em si, mas do julgamento que se impõe sobre ela. Quantas vezes observei indivíduos constrangidos por experimentarem tristeza? Quantos carregam culpa por não sustentarem uma imagem de constante fortaleza?

Ao longo do percurso terapêutico, torna-se possível ressignificar essa lógica. O convite reside na suspensão do imperativo da performance emocional. Trata-se de reconhecer o próprio ritmo, acolher os movimentos internos e permitir que cada emoção cumpra sua função no processo de elaboração psíquica.

A concepção de saúde, portanto, se desloca da ideia de ausência de desconforto. Passa a configurar-se como presença de escuta, disposição para o autocuidado e construção de vínculos que favoreçam a sustentação do existir.

O percurso de quem se permite essa travessia não elimina os desafios inerentes à condição humana. No entanto, possibilita que cada sujeito se aproxime de uma existência mais íntegra, onde a verdade sobre si mesmo deixe de ser fonte de conflito e se transforme em fundamento de equilíbrio.

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