Papa Francisco – Foto: Reprodução/Instagram
O Papa Francisco, primeiro pontífice latino-americano e jesuíta da história, morreu aos 88 anos, nesta segunda-feira (21.04). Nascido Jorge Mario Bergoglio, na Argentina, ele assumiu o papado em 2013 e, desde então, marcou a Igreja Católica com uma visão mais inclusiva e reformas significativas.
Nos últimos dias, Francisco enfrentou uma infecção respiratória que evoluiu para pneumonia bilateral. Apesar dos cuidados no Hospital Gemelli, em Roma, seu estado de saúde se agravou.
Durante seu pontificado, adotou medidas que modernizaram a administração do Vaticano e ampliaram o alcance da Igreja. Reformou o sistema financeiro da Santa Sé para combater a lavagem de dinheiro, facilitou os processos de anulação de matrimônio e, em 2024, promulgou a bula Spes non Confundit, colocando a esperança e a diplomacia no centro das celebrações do Ano Jubilar de 2025.

Papa Francisco – Foto: Reprodução/Instagram
Francisco também abriu espaço para diálogos progressistas, especialmente em relação à comunidade LGBTQIA+. Embora a doutrina da Igreja não tenha mudado, ele reforçou a importância da inclusão, deixando sua famosa declaração: “Quem sou eu para julgar?”. Em 2023, autorizou a bênção de casais do mesmo sexo em determinados contextos, uma decisão histórica que gerou debates internos.
O pontífice também teve embates com setores ultraconservadores. Em 2021, restringiu a celebração de missas em latim, buscando promover maior unidade entre os fiéis. Além disso, reduziu privilégios de grupos tradicionais como o Opus Dei, limitando sua autonomia dentro do Vaticano.
Seu legado é o de um líder que tentou equilibrar tradição e mudança, defendendo uma Igreja mais acessível e alinhada com os desafios do mundo contemporâneo.